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Aumento de ocorrências da doença no Brasil é alarmante, especialmente entre grávidas. Saiba como se proteger e as consequências que essa infecção sexualmente transmissível pode trazer.

Uma doença muitas vezes silenciosa. Assim é a sífilis, que acompanha a humanidade há séculos. A Sociedade Brasileira de Patologias Clínicas / Medicina Laboratorial (SBPC/ML) faz um alerta: Em oito anos o número de grávidas com sífilis no Brasil teve aumento de mais de 1000%. Em 2008 foram registrados 1.863 casos da doença nas gestantes. Enquanto em 2013 esse número saltou para 21.382. Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Sífilis de 2015, divulgado pelo órgão.  

De acordo com Tatiani Fereguetti, infectologista coordenadora municipal de Saúde Sexual e Atenção as IST/Aids e Hepatites Virais, de Belo Horizonte, a transmissão mãe – bebê é uma das principais formas de contágio. Quando isso ocorre (nem sempre o bebê é infectado), o bebê pode nascer com sífilis congênita precoce. “Algumas crianças podem desenvolver alterações ósseas, rinite sanguinolenta, hidrocefalia, retardo mental dentre outras complicações”, afirma a especialista.  

Por isso, é importante que a mãe seja diagnosticada no início da gestação para que possa ser iniciado o tratamento a base de penicilina, para evitar a transmissão para o feto. “Os parceiros também devem ser tratados, para que não ocorra nova transmissão durante a gestação”, destaca Tatiani Fereguetti.  

A sífilis, quando não tratada, é uma doença grave, que pode levar a problemas cardíacos, cegueira e até a morte. Mas, afinal, você sabe o que é a sífilis e como se proteger dela? Conheça as formas de contágio e de prevenção da doença que preocupa os especialistas.  

 

O que é? 

A sífilis é uma doença infectocontagiosa, causada pela bactéria Treponema pallidum. A principal forma de contágio é por sexo sem camisinha com alguém infectado (muitas vezes sem qualquer sintoma). “O sexo oral sem camisinha também transmite a doença”, alerta a Tatiani Fereguetti. Outra forma importante de contágio é durante a gestação ou parto, com a transmissão da sífilis da mãe para o bebê. E, ainda, pode haver a transmissão da sífilis por transfusão de sangue contaminado (o que é mais raro). 

 

Quais sintomas?  

Grande parte das pessoas com sífilis não apresentam sintomas, por isso, muitas delas nem sabem que possuem a doença, o que gera risco de adoecimento e transmissão para outras pessoas. Por esse motivo, é sempre importante a realização de exames de diagnóstico das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).  

Naqueles que apresentam sintomas, podemos classificar a doença em três fases: 

Primeira fase – Entre 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado, podem surgir:  

  • Ferida nos órgãos sexuais, ânus ou boca, que não dói, não coça, não arde e não apresenta pus. Pode ocorrer íngua nas virilhas. Mesmo sem  tratamento, essas feridas desaparecerem em algumas semanas sem deixar cicatriz, mas a pessoa continua infectada.

 Segunda fase – Entre 6 e 12 semanas após o contágio e pode se manifestar por: 

  • Manchas avermelhadas no corpo (inclusive mãos e pés);
  • Queda dos cabelos ou de parte das sombrancelhas;
  • Feridas na boca;
  • Febre e dor no corpo podem estar presentes.

Após algum tempo, mesmo sem tratamento as manchas desaparecem, dando a falsa ideia de melhora. 

-Terceira fase – A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que podem surgir complicações como:  

  • doença cardíaca, 
  • doença óssea, 
  • cegueira,
  • surdez, 
  • paralisia, 
  • transtornos psiquiátricos e demência. 

 

Transmissão 

A sífilis é uma doença altamente contagiosa, principalmente nas primeiras fases (primária e secundária). Algumas características dificultam a erradicação e colaboram para o crescente aumento do número de casos. “Por ser uma doença facilmente transmissível e pelo fato de muitas pessoas infectadas não apresentarem sintomas, a cadeia de transmissão é dificilmente interrompida”, alerta a infectologista Tatiani Fereguetti.  

 

Prevenção 

O uso do preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais (inclusive o sexo oral), o diagnóstico precoce e o tratamento das pessoas infectadas são as medidas mais eficazes para controle e prevenção da sífilis e também de outras infecções sexualmente transmissíveis como o HIV/aids. 

 

Diagnóstico 

O diagnóstico é clínico e laboratorial. “Se a pessoa notar qualquer sinal ou sintoma suspeito de sífilis deve procurar o médico rapidamente”, atenta Fereguetti. Através dos sintomas apresentados e testes sorológicos feitos por coleta de sangue é possível confirmar a infecção. 

 

Tenho sífilis e agora?  

Uma vez confirmada a sífilis é necessário fazer o tratamento. Somente o médico poderá indicar o melhor tratamento para cada fase da doença. Mas é importante saber que a sífilis tem cura! É fundamental que os parceiros sexuais também façam o exame, mesmo se não apresentarem sintomas, a fim de evitar que se perpetue a cadeia de transmissão da doença. 

 

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