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HPV: O que é, transmissão e tratamento 

O que é: 

São vírus capazes de infectar a pele e mucosas, transmitidos por via sexual. A infecção genital pelo HPV é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. “Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares, com lesões, que poderão evoluir para o câncer de cólo do útero”, afirma a ginecologista Maria Inês de Miranda, doutora em Patologia do Colo de Útero. Estas alterações das células são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso é, importante a realização periódica do exame. Há riscos também do desenvolvimento de tumores na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.

Transmissão 

A transmissão ocorre por via sexual, mas não é preciso ocorrer penetração para haver o contágio. Segundo a ginecologista, além da via genital-genital, pode ser transmitido pelo sexo oral ou mesmo por meio do contato das mãos com o órgão genital do parceiro. Também pode haver transmissão para a criança durante o parto. “Existem 100 tipos do vírus, sendo que, cerca de 40 deles podem infectar o trato ano-genital. O fato de ter o vírus não significa, no entanto, que a mulher está com câncer de colo de útero”, explica a médica.  

 Conforme a médica, pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, ou seja, causadores do câncer. Dentre os HPVs de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. Os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, são considerados não-oncogênicos. 


Como saber se estou com HPV:
 

– Faça periodicamente o exame Papanicolau, ele é capaz de diagnosticar a presença do vírus.  

 – Grande parte das infecções pelo HPV se manifestam como lesões microscópicas ou não produzem lesões 

– Estima-se que somente 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverá alguma forma de manifestação. 

– A infecção pode se manifestar de duas formas: clínica e subclínica. 

– As lesões clínicas se apresentam como verrugas ou lesões exofíticas, que nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, perianal e ânus. Em homens podem surgir no pênis, bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta em ambos os sexos. 

– As infecções subclínicas (não visíveis ao olho nu) podem ser encontradas nos mesmos locais e não apresentam nenhum sintoma ou sinal. 


Como tratar o HPV?

Após diagnosticado o HPV, caso haja manchas ou lesões na área genital, são feitos exames específicos, com biópsias para identificar e tratar as lesões. O tratamento é feito por cauterização com retirada das lesões ou até mesmo de parte do cólo do útero, para evitar o desenvolvimento do tumor e o surgimento do câncer de colo. 


Como prevenir?

  • Mulheres que nunca apresentaram lesões podem fazer o exame a cada dois anos. Aquelas que já foram diagnosticadas com algum tipo de alteração devem fazer o acompanhamento anual.  
  • Apesar de sempre recomendado, o uso de preservativo (camisinha) durante todo contato sexual, com ou sem penetração, não protege totalmente da infecção pelo HPV, pois não cobre todas as áreas passíveis de ser infectadas.  
  • Na presença de infecção na vulva, na região pubiana, perineal e perianal ou na bolsa escrotal, o HPV poderá ser transmitido apesar do uso do preservativo. A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual. 
  • Hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática regular de exercícios e não-tabagismo podem ajudar aumentar a defesa do organismo, colaborando para que o sistema imune combata a infecção. 


Vacina HPV
 

Um importante aliado, além, claro do preservativo, pode ser a vacina contra o HPV. Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina quadrivalente, que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, que confere proteção contra HPV 16 e 18. As vacinas previnem contra os tipos de HPV que causam mais predispostos ao câncer.  

Nos postos de saúde, as vacinas estão disponíveis para mulheres entre 9 a 13 anos gratuitamente. E também para aquelas com quadro de baixa imunidade, como soropositivas. Mas nada impede que mulheres acima dessa faixa etária tomem a vacina, de acordo com indicação médica, conforme alerta a ginecologista Maria Inês de Miranda.  

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