Pediatria
Hipertensão arterial atinge 15% das crianças no Brasil
Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um problema de saúde mundial, a hipertensão arterial já atinge mais de 32% da população adulta brasileira, ou o equivalente a 36 milhões de indivíduos, segundo o Ministério da Saúde.
Embora associada ao público adulto e idoso, a condição não se limita apenas a esses grupos. Cada vez mais, crianças e adolescentes têm apresentado alteração na pressão arterial. No Brasil, estima-se que a prevalência de hipertensos na faixa etária pediátrica varie de 3% a 15%.
Diante do cenário preocupante, o Hospital Pequeno Príncipe, maior unidade pediátrica do país, referência em atendimentos de média e alta complexidade, chama atenção de pais e responsáveis para o assunto.
Conhecida como “mal silencioso” por sua natureza assintomática, a hipertensão arterial deve ser monitorada desde a infância. O diagnóstico e a intervenção precoces são fatores importantes para evitar maiores danos na vida adulta.
O que fazer:
1 – Manter as consultas com o pediatra em dia.
2 – Aferir a pressão arterial, ao menos uma vez por ano, em crianças maiores de 3 anos e, em todas as consultas, em crianças com sobrepeso ou obesidade
A hipertensão essencial, também chamada de hipertensão primária, é aquela que surge sem causa esclarecida e tem como principais fatores de risco o sedentarismo, os maus hábitos alimentares e o sobrepeso ou obesidade, enquanto a hipertensão secundária costuma estar associada a doenças cardíacas congênitas, problemas renais, pulmonares, prematuridade ou medicamentos capazes de aumentar a pressão arterial, como corticoides.
A maioria dos casos de hipertensão é assintomática, mas os pais podem ficar atentos a sintomas persistentes como dor de cabeça, maior irritabilidade ou sono agitado.
Em alguns casos de hipertensão secundária, a cura acontece com o combate do agente responsável, seja tratando a doença causadora ou interrompendo o uso do medicamento que gera o aumento da pressão arterial. Já nos casos de hipertensão primária, é necessária uma mudança no estilo de vida, incluindo em sua rotina atividades físicas, alimentação balanceada, redução da ingestão de sódio e maior ingestão de potássio.
Curiosidade: 26 de abril é o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hipertensão Arterial.
Material de apoio: Hospital Pequeno Príncipe (Camila Hampf)