transplante
Faustão e o tema transplante
Depois do transplante de Faustão voltamos a falar mais sobre a importância da doação de órgãos.
O tema transplante vem sendo amplamente discutido e abordado depois que foi divulgada a internação do apresentador Fausto Silva. Faustão deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, no dia 5 de agosto de 2023, com um quadro grave de insuficiência cardíaca. Precisou entrar na fila do transplante de coração. Conseguiu fazer a cirurgia no dia 27 de agosto. O caso foi acompanhado em todo o Brasil. Mas como funciona a fila, o transplante e a doação de órgãos?
Cerca de 66 mil pessoas aguardam por um órgão no país. Segundo o diretor do MG Transplantes, Omar Lopes Cançado Junior, esse número tem aumentado ano a ano e se agravou durante o período de pandemia. “A cada ano que passa a fila de espera aumenta. Por causa da pandemia a doação caiu muito e a fila cresceu. Esse ano estamos conseguindo aumentar o número de doações, mas ela ainda está abaixo da necessidade.” Diz Omar.
Ainda segundo Omar a fila de espera por um transplante em Minas Gerais é a segunda maior do país, só perde para São Paulo (onde se concentra maior procura de pessoas de outros Estados). Para reduzir o número de pacientes que aguardam é preciso aumentar o número de doação.
A fila de espera por um transplante é única em todo país. Em Minas, quase 6 mil pessoas aguardam por um órgão. Córnea e rim, são os que lideram, com cerca de 3 mil pessoas em cada. E apesar da fila ser única no Brasil, a distribuição é regionalizada. Um coração, por exemplo, é um transplante mais complexo. “O órgão tem entre 4 e 6 horas, para ser retirado do doador e estar funcionando no receptor. São duas cirurgias, retirada e transplante, que precisam ser feitas em pouco tempo. Por isso a regionalização. Doador de Minas doa para receptor de Minas. Doador de São Paulo, para receptor em São Paulo. Faustão recebeu o coração de um atleta de várzea, de trinta e cinco anos, que teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral), em um apartamento onde trabalhava como azulejista, em Santos, no litoral Paulista. O órgão foi transportado de helicóptero até o Hospital Albert Einstein, onde estava Faustão.
Ainda sobre o transplante, no caso do coração, o doador precisa ser mais jovem, ter até 45 anos de idade, e estar em condições de saúde melhor que no caso de outros órgãos a serem doados”, a regionalização é por isso, mas se no Estado não houver ninguém a espera daquele órgão é avaliada a transferência para Estados próximos (que não exijam muitas horas de voo do órgão). Explica o diretor do MG transplantes.
Um outro fator preocupante é o alto índice de recusa familiar no momento da doação. Segundo o Doutor Omar Lopes Cançado Júnior, cerca de 45%, ou seja, quase a metade das famílias, se recusa a fazer doação após a morte do paciente.
Se antigamente a identificação de uma pessoa doadora estava na carteira de identidade, ou em alguma documentação, hoje não é mais assim. “Essa lei não existe mais. Não adianta deixar nada por escrito. Hoje quem autoriza a doação é a família. E como mortes de pessoas mais jovens, costumam ser repentinas e traumáticas, é grande a recusa. Por isso, é fundamental que, de antemão, o familiar expresse essa vontade em vida.” Finaliza Doutor Omar.
Um único doador pode salvar a vida de até 10 pessoas! O doador de Faustão, Fábio Cordeiro da Silva, ajudou ao menos 20 pessoas. Doou todos os órgãos possíveis após o mal súbito. A família foi generosa, e os que receberam a oportunidade de continuar vivendo, agradecem.
O mês de setembro é de conscientização sobre a importância da doação de órgãos. Setembro verde: data nacional que incentiva a doação de órgãos.
Confira a mensagem do Doutor Omar Lopes Cançado Junior, diretor do MG Transplantes, sobre a importância de ser um doador.
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