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Pets

É possível ter cachorro e recém-nascido em casa?

A chegada de um bebê é um momento muito especial na vida de qualquer família. No entanto, há um integrante que também deve receber atenção especial nesse período: seu cão.

Atualizado em

05/04/2023

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Por Luisa Pires – especialista em bem-estar de cães 

De acordo com o estudo do Radar Pet 2021, 21% das famílias com filhos pequenos possuem pelo menos um cachorro dentro de casa.  

É importante preparar o pet para a chegada do bebê, fazendo as mudanças necessárias na rotina já no início da gravidez. É essencial que a família crie regras e limites antes da chegada do bebê, para que o animal não associe as mudanças à criança. O cão sempre recebeu toda a atenção, com horários para passeio e momentos com a família. Com a chegada do bebê, essa rotina muda muito. Então, para evitar a associação negativa, faça tudo com antecedência, como colocá-lo em uma escolinha ou iniciar a parceria com um novo passeador. 

Outro ponto relevante para que essa relação ocorra bem é mostrar ao cãozinho o quarto e objetos do bebê. Deixe que ele se habitue ao espaço, mas os tutores devem mostrar ao cachorro que aquele espaço é do recém-nascido e que, ali, ele precisará de permissão para entrar. 

A volta da maternidade também exige cuidados. O cão pode ficar estressado, associando a chegada de outras pessoas, e da criança, à perda de espaço, carinho e atenção. Minha orientação é manter um potinho com petiscos próximo da entrada da casa. Assim, todas as pessoas que chegarem para visitar o bebê podem fazer um agrado ao cachorro. É importante que a atenção que o animal tinha antes da chegada da criança seja mantida o máximo possível. 

Vale lembrar que, por mais que você confie em seu cachorro e tenha certeza de que ele e seu filho se dão bem, não deixe os dois sozinhos nem por um momento.  Acidentes acontecem e, às vezes, uma brincadeira ou mesmo uma atitude protetora do cachorro pode ser brusca demais para o bebê.

Saúde do bebê e do cão  

Para garantir a saúde do recém-nascido, é importantíssimo realizar o controle de pragas, como carrapatos e pulgas, e manter as vacinas do cão sempre em dia. Além disso, os banhos regulares devem ser uma preocupação constante, além da higienização das patinhas depois dos passeios. Mas isso não significa que a convivência com o animal seja prejudicial à saúde do bebê. Muitos estudos mostram que a criança que, no primeiro ano de vida, é exposta à presença de animais em casa apresentam uma resposta imunológica melhor que aquelas que não têm esse contato. E essa melhora imunológica se apresenta, principalmente, em relação a doenças respiratórias.    

Nos primeiros meses de vida, essa convivência deve ser feita com muito cuidado, e a interação vai mudando à medida que a criança cresce. Os cães, por mais limpos que estejam, carregam bactérias e outros organismos. O animal permite que a criança tenha contato com o que chamamos de ‘vitamina S’, sendo ‘S’ de sujeira. É uma brincadeira, mas demonstra que o sistema imunológico da criança se beneficia nesse processo. 

Se for um recém-nascido, o ideal é que o contato direto com o cão seja limitado, com ‘lambeijos’ somente nos pés, por exemplo. E, à medida que a criança for crescendo, os pais podem aumentar esse contato.   

EuSaúde, bebês e pets

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