A gestação e o nascimento de um filho é visto sempre pela mulher, pela família e pela sociedade como um momento de alegria e felicidade extrema.
Mas o que poucas pessoas falam é dos sentimentos contrários que podem surgir nesta hora, de maneira inconsciente e involuntária. Muitas vezes o casal passa por dificuldade de relacionamento justamente na hora que deveria estar mais unido.
Mas por quê isso ocorre? É normal? É verdade que o pai “rejeita “o bebê?
Então vamos lá, o casal está a espera de um filho, está feliz. E aí, a mulher vira o centro das atenções, cuida do corpo, da alimentação, da saúde, do enxoval do bebê, do quarto, mala da maternidade, chá de fraldas, etc, etc, etc….
E o companheiro e pai do bebê? Como fica? Onde fica?
Mesmo que esteja feliz, ao lado da companheira e vivenciado todos os preparativos ativamente, é comum que o homem se sinta um pouco “de fora” de tudo isso, como um ator coadjuvante.
É normal o pai se mostrar bastante ansioso e preocupado durante a gravidez da esposa, período que é marcado por sentimentos de alegria, ansiedade e conflitos.
O sentimento mais comum, que logo aparece, é se sentir excluído, em decorrência de uma série de mudanças externas e internas do casal.
A mulher não apenas começa a voltar a atenção para o bebê, como ela própria torna-se o centro das atenções, e o bebê pode ser sentido como um intruso no relacionamento do casal.
Em geral a primeira gravidez é mais estressante para o pai.
Como lidar com isso e como aliviar este estresse e sentimento de exclusão?
É importante incluir o pai nos preparativos para o nascimento do bebê, estimulá-lo a estar presente nas escolhas do enxoval, do nome, a acompanhar a mulher nas consultas de pré–natal e estimulá-lo a fazer carinhos e conversar com a barriga. Desta maneira ele vai se sentir como parte da gravidez como um todo.
Na maternidade, a presença do companheiro como acompanhante na internação e durante o parto, inclusive com os cuidados inicias com o recém-nascido aumentam e fortalecem ainda mais o vínculo de pai, e ajuda nesta transição.
Assim, logo ele estará trocando fraldas, dando banho e participando ativamente da rotina e dos cuidados com o bebê, e o estresse e insegurança iniciais tendem a desaparecer.