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câncer de mama

Outubro Rosa

O impacto do câncer de mama na amamentação.

Karina Fonseca
Karina Fonseca

Atualizado em

18/10/2023

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Como já abordamos por aqui, o câncer de mama é a doença maligna que gera o maior número de mortes na população feminina em todo o mundo. Estima-se que uma em cada 20 mulheres desenvolve a doença ao longo da vida. Além disso, o câncer de mama traz um impacto no adoecimento e consequente prejuízo às mães e bebês, quando o assunto é amamentação.  

Os tratamentos do câncer de mama podem impactar a amamentação, ainda na gravidez ou durante o período de lactação, com a chegada do bebê. A terapia medicamentosa, quando utilizada, pode diminuir a produção do leite, além de trazer contra indicação no  aleitamento materno. Além disso, mulheres tratadas para o câncer de mama, antes ou durante a gestação, podem ter parte ou total remoção do tecido mamário, que impacta também na capacidade de lactação. Portanto, uma atenção especial deve ser direcionada a essas mamães que têm diagnóstico de câncer de mama e desejam, ou se tornam mães, durante, ou após, seu tratamento.  

Estudos realizados e práticas de medicinas baseadas em evidências trazem algumas propostas de direcionamento e manejo clínico para cada situação.  

Gestantes e lactantes com histórico prévio de câncer de mama 

Para mulheres grávidas, que desejem amamentar é muito importante uma avaliação pré-natal completa de todos os tratamentos realizados, durante a doença e atuais, que podem ter impacto no processo de lactação. Dentre eles, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia, remoção de tecido mamário (parcial ou total). Diante disso, é importante o acompanhamento conjunto do obstetra, oncologista e profissional de amamentação, para direcionar seu plano de assistência.  

Pontos chaves e recomendações, baseados em evidências científicas: 

Veja o que diz o protocolo sobre amamentação e câncer de mama: (ABM Clinical Protocol #34: Breast Câncer and Breastfeeding)

  • Amamentar não aumenta chances de doença recorrente 
  • É possível amamentar em mama afetada – desde que a técnica realizada seja de mastectomia conservadora (preservação do tecido mamário e complexo aréolo-mamilar (CAM), com preservação de tecido mamário de segurança ao redor. Porém, espera-se baixa produção de leite nessa mama, além de  fibrose e danificação de nervos essenciais para o processo de ejeção normal do leite – Considerar a amamentação unilateral na mama que não foi afetada.  
  • Não é recomendado galactogogos para aumentar produção de leite, por serem substâncias fito-estrógenos, podendo atuar como carcinogênicos para o organismo.   
  • Em caso de mastectomia total em uma das mamas é recomendado planejar amamentação unilateral – apenas no seio não afetado. 
  • Redução na produção de leite  nas duas mamas é esperada após tratamento por quimioterapia. 
  • Pesquisas em andamento estão investigando a segurança oncológica de interromper terapia hormonal adjuvante para gravidez com ou sem amamentação.

Diante disso, torna-se importante o acompanhamento, desde o pré-natal,  dessa mãe que deseja amamentar, em especial para lhe dar a confiança da possibilidade de amamentar o bebê.  Além disso, esse binômio mãe e bebê devem ser acompanhados de perto, após sua chegada, para monitoramento de peso saudável com amamentação, seguindo em um dos seios apenas, se for o caso.  

A equipe Eu Saúde conta com profissionais que vão promover o estabelecimento saudável da amamentação em mães com história prévia do câncer de mama, durante sua gravidez e nascimento do seu bebê. Um acompanhamento de uma equipe interdisciplinar é fundamental para um puerpério tranquilo e seguro para sua família. Conte conosco! 

Karina Fonseca – Consultora Materno Infantil em amamentação.  

Equipe EuSaúde 

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