Visitas regulares ao ginecologista e uso de preservativo são melhores estratégias contra a doença
Terceiro tumor com maior incidência entre as mulheres, o câncer de colo de útero pode ser prevenido com atitudes simples. Como? Com a visita anual ao ginecologista para realização do exame citológico – mais conhecido como Papanicolau. O uso do preservativo é outra forma de evitar o contato com o vírus HPV, que causa esse tipo de câncer. Existe ainda a opção da vacina, contra alguns tipos do vírus (saiba mais abaixo).
Segundo a ginecologista Maria Inês de Miranda, doutora em patologias do colo, a análise do material colhido durante exame irá indicar a presença ou não de lesões malignas e pré-malignas. “Caso haja lesões, elas podem ser extraídas com cauterização e, dependendo da gravidade, será retirada parte do útero, evitando o câncer”, explica a médica.
A consulta ao ginecologista deve ser anual. Já aquelas que apresentaram problemas devem se submeter ao exame sempre que solicitado pelo médico. O HPV (Papilomavírus) é transmitido por via sexual. Portanto, o uso de preservativo é a melhor forma de evitar a doença.
Saiba mais sobre o HPV: Estou com HPV, vou ter câncer?
Estima-se que entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada pelo HPV. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, regredindo entre seis meses a dois anos após a exposição, principalmente entre as mulheres mais jovens. Para diminuir esse percentual, um importante aliado, além, claro do preservativo, pode ser a vacina contra o HPV.
Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina quadrivalente, da empresa Merck Sharp & Dohme (nome comercial Gardasil), que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, que confere proteção contra HPV 16 e o 18. As vacinas previnem contra os tipos de HPV que causam mais câncer.
Nos postos de saúde, as vacinas estão disponíveis gratuitamente para mulheres entre 9 e 13 anos. Mas nada impede que mulheres acima dessa faixa etária tomem a vacina, conforme alerta a médica Maria Inês de Miranda. “Na bula, a imunização deve ser feita nas mulheres até 26 anos, mas existem indicações também para pacientes acima desta idade, que apresentam, por exemplo, imunidade baixa, como as portadoras de HIV ”, diz a ginecologista. Consulte o médico para avaliar se você deve tomar a vacina!
Lembre-se: Na presença de qualquer alteração, sangramento, corrimento ou dor, o ginecologista deve ser consultado.