Pular para o conteúdo

Esclerose Múltipla

30 de maio: dia mundial da esclerose múltipla

A Esclerose Múltipla não é uma doença mental, não é contagiosa, não tem prevenção e não tem cura. O tratamento ajuda a minimizar os sintomas e desacelerar a progressão. 30 de maio, dia mundial da Esclerose Múltipla.

Atualizado em

17/05/2023

Compartilhar

Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla embora a causa da doença ainda seja desconhecida, tem sido foco de muitos estudos no mundo, o que têm possibilitado constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes.

Acomete geralmente jovens, grande parte mulheres de 20 a 40 anos. A doença não tem cura e apresenta diversos sintomas, como por exemplo: fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio, da coordenação motora, dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga.

Leia agora, em detalhes, tudo sobre a doença.

O que é esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença neurológica desmielinizante autoimune crônica provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem a bainha de mielina que revestem os neurônios das substâncias branca e cinzenta do sistema nervoso central.

A bainha de mielina é uma capa protetora que reveste os prolongamentos dos neurônios, chamdos axônios, responsáveis por conduzir impulsos elétricos do sistema nervoso central para o corpo.

Alguns locais como o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal são alvos preferenciais da desmielinização. No mundo, a Esclerose Múltipla tem taxa de prevalência de 2 por 100.000 na Ásia, e mais de 100 por 100.000 na Europa e América do Norte. No Brasil, estima-se 40 mil casos da doença, uma prevalência de 15 por 100.000 habitantes, conforme última atualização da Federação Internacional de Esclerose Múltipla e Organização Mundial da Saúde, publicadas em 2013.

A doença atinge geralmente pessoas jovens entre 20 e 40 anos de idade, predominando entre mulheres. As causas envolvem genética e fatores ambientais como infecções virais, exposição ao sol e niveis baixos de vitamina D, exposição ao tabagismo, obesidade e exposição a solventes orgânicos.

As células imunológicas invertem o papel nos portadores de EM. Ao invés de protegerem o sistema de defesa do indivíduo, passam a agredi-lo, produzindo inflamações, que afetam particularmente e bainha de mielina.

Sinais e sintomas:

  • Fraqueza e cansaço.
  • Dormencia ou formigamentos (nevralgia do trigêmeo, dor ou queimação na face).
  • Baixa acuidade visual, com mancha escura, visão borrada, perda de visão, ou visão dupla.
  • Perda de força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular.
  • Falta de coordenação dos movimentos para andar, tonturas e desequilíbrios.
  • Incontinência urinária. Retenção ou perda de urina, ou intestino.
  • Problemas de memória, atenção, processamento de informações.
  • Alterações de humor, depressão e ansiedade.

Diagnóstico:

No diagnóstico da EM são utilizados os Critérios de McDonald de 2017, que consideram aspectos clínicos e de imagem, associado a análise do líquor com a pesquisa de marcadores específicos. A ressonancia magnética de crânio e coluna é a principal ferramenta para o diagnóstico.

Diagnosticar é fundamental, quanto antes iniciado o tratamento mairo chance de alterar o curso natural da doença em longo prazo, reduzindo o número de surtos, de lesões e de sequelas neurológicas.

Tratamento:

O tratamento dos pacientes com Esclerose Múltipla, e doenças desmielinizantes, em ambiente hospitalar ou no Centro de Terapia Medicamentosa, segue os seguintes protocolos de tratamento clínico:

Para o tratamento dos surtos pode ser usado pulsoterapia com corticoesteróides em doses altas e plasmaférese terapêutica e imunoglobulinas.

Tratamentos imunossupressores orais incluem fumarato de dimetila, fingolimode, cladribina. No tratamento de imunossupressores também há infusionais anticorpos monoclonais, como natalizumabe, alentuzumabe, ocrelizumabe, rituximabe, tocilizumabe. Existe também o tratamento imunossupressor de alta complexidade que envolve o transplante autólogo de células tronco hematopoiéticas.

As medicações de alta eficácia para o tratamento atuam diretamente na imunidade. A medicação oral evita a saída dos linfócitos dos linfonodos (fingolimode). Na ocrelizumabe, o anticorpo monoclonal de aplicação endovenosa semestral, causa a depleção de linfócitos B. A Alentuzumabe, anticorpo monoclonal de administração em dois ciclos com intervalo de 1 ano, leva a depleção de linfócitos T e B. Cladribina, medicação oral de administração em dois ciclos anuais, e Natalizumabe, anticorpo monoclonal de aplicação endovenosa mensal que impossibilita a entrada de linfócitos dentro do sistema nervoso central.

Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein

Curiosiade: 30/05 Dia Mundial da Esclerose Múltipla.

Embora no Brasil, o mês de conscientização sobre a doença seja agosto, no mundo é em maio que a doença recebe atenção quanto ao combate, solidariedade global e esperança no futuro.

EuSaúde, qualidade de vida

Veja também

Desafios da pessoa com deficiência
Dia Pan-americano da saúde
Luta Contra Aids
Iniciar Chat
1
💬 Precisa de Ajuda?
📲 Esse canal é destinado ao atendimento comercial e suporte ao usuário (seg à sex - 09h às 18h).

🩺 Para atendimento de saúde acesse sua area logada e clique em Atendimento Médico 24h.